Opinião

Managed Services – Novos contextos, novas abordagens

No decorrer deste processo, mais ou menos moroso e complexo, é frequente assistirmos a duas preocupações antagónicas: por um lado a transformação digital de processos que exige o envolvimento dos profissionais detentores do conhecimento técnico, aumentando a sua carga laboral ou desviando o foco das suas áreas de interesse e, por outro lado, criando nestes a preocupação acerca da sua importância no seio da organização e, em alguns casos, a própria manutenção do posto de trabalho. Acresce que com as diferentes aptidões e motivações das gerações atuais, acompanhadas pelo alto nível de especialização dos colaboradores, pela tendência crescente do trabalho remoto/híbrido e a chegada de grandes plataformas de Shared Services, revolucionaram completamente o mercado de trabalho em Portugal nos últimos anos, originando dois desafios absolutamente primordiais para o desenvolvimento de negócio das organizações: i) a retenção de talento e sua formação / qualificação e ii) a criação/manutenção de processos eficientes e fiáveis. É neste contexto que observamos um crescendo da abordagem de Managed Services1, que têm vindo a assumir um papel cada vez mais proeminente do ponto de vista funcional e estratégico das organizações, oferecendo uma alternativa fiável ao tradicional modelo de outsourcing ou ao incremento de postos de trabalho,…

No decorrer deste processo, mais ou menos moroso e complexo, é frequente assistirmos a duas preocupações antagónicas: por um lado a transformação digital de processos que exige o envolvimento dos profissionais detentores do conhecimento técnico, aumentando a sua carga laboral ou desviando o foco das suas áreas de interesse e, por outro lado, criando nestes a preocupação acerca da sua importância no seio da organização e, em alguns casos, a própria manutenção do posto de trabalho.

Acresce que com as diferentes aptidões e motivações das gerações atuais, acompanhadas pelo alto nível de especialização dos colaboradores, pela tendência crescente do trabalho remoto/híbrido e a chegada de grandes plataformas de Shared Services, revolucionaram completamente o mercado de trabalho em Portugal nos últimos anos, originando dois desafios absolutamente primordiais para o desenvolvimento de negócio das organizações: i) a retenção de talento e sua formação / qualificação e ii) a criação/manutenção de processos eficientes e fiáveis.

É neste contexto que observamos um crescendo da abordagem de Managed Services1, que têm vindo a assumir um papel cada vez mais proeminente do ponto de vista funcional e estratégico das organizações, oferecendo uma alternativa fiável ao tradicional modelo de outsourcing ou ao incremento de postos de trabalho, permitindo às organizações e aos seus colaboradores, que se mantenham focados na sua atividade principal (“Core business”) e áreas de especialização, prosseguindo o caminho de desenvolvimento e fomentando a motivação do seu talento.

Do ponto de vista da organização, na prática, os Managed Services, vêm permitir não só implementar e desenvolver processos devidamente ajustados à realidade de cada negócio, tendo por base a sua experiência, talento altamente especializado em processos financeiros (e outros) e ferramentas tecnológicas testadas e asseguradas pelo provider, mas também garantir a transferência da responsabilidade pelos respetivos processos, aliviando a carga administrativa associada aos mesmos.

É neste sentido e contexto que os Managed Services são, cada vez mais, encarados pelas Empresas como uma solução prática e flexível de otimização do talento, redução do risco associado à função financeira (e outras) e de desenvolvimento estratégico do negócio.

 

1Managed Services – Processo de externalização de uma ou mais funções não essenciais, embora críticas para as Organizações, promovendo novas formas de trabalhar, que permitam a criação de valor a longo prazo, nomeadamente através de conhecimento e experiência nos processos, talento especializado e uma forte componente tecnológica, frequentemente embutida no serviço.