Opinião

O compliance fiscal como função de elevado valor acrescentado

É comum no ambiente empresarial, julgar os departamentos ou entidades responsáveis pelo compliance fiscal de uma empresa como pessoas ou entidades de pouco valor acrescentado e que existem por mera obrigatoriedade da empresa cumprir com as suas obrigações fiscais. No entanto, se uma entidade possuir um sistema de compliance fiscal robusto e devidamente estruturado, é possível tornar essas tarefas em tarefas de elevado valor acrescentado para uma empresa traduzindo-se em vantagens competitivas face aos seus concorrentes. São vários os benefícios que uma entidade pode obter através de um compliance fiscal robusto e estruturado, entre os quais: Redução de custos devido a incumprimento: uma entidade que cumpre com as suas obrigações de forma correta e atempada, não incorre em custos extraordinários com penalidades e não incorre em custos inesperados que podem muitas vezes ser elevados, mediante correções ao imposto autoliquidado; Aumento da eficiência operacional: a existência de processos standard torna possível a automatização de tarefas rotineiras, reduzindo erros e libertando tempo para gerar valor através da elaboração de relatórios e informação histórica e preditiva (com recursos a modelos suportados em Inteligência Artificial) de apoio à gestão; Melhor gestão dos cash-flows presentes e futuros da empresa: ao manter uma base de dados…

É comum no ambiente empresarial, julgar os departamentos ou entidades responsáveis pelo compliance fiscal de uma empresa como pessoas ou entidades de pouco valor acrescentado e que existem por mera obrigatoriedade da empresa cumprir com as suas obrigações fiscais. No entanto, se uma entidade possuir um sistema de compliance fiscal robusto e devidamente estruturado, é possível tornar essas tarefas em tarefas de elevado valor acrescentado para uma empresa traduzindo-se em vantagens competitivas face aos seus concorrentes. São vários os benefícios que uma entidade pode obter através de um compliance fiscal robusto e estruturado, entre os quais:

  • Redução de custos devido a incumprimento: uma entidade que cumpre com as suas obrigações de forma correta e atempada, não incorre em custos extraordinários com penalidades e não incorre em custos inesperados que podem muitas vezes ser elevados, mediante correções ao imposto autoliquidado;
  • Aumento da eficiência operacional: a existência de processos standard torna possível a automatização de tarefas rotineiras, reduzindo erros e libertando tempo para gerar valor através da elaboração de relatórios e informação histórica e preditiva (com recursos a modelos suportados em Inteligência Artificial) de apoio à gestão;
  • Melhor gestão dos cash-flows presentes e futuros da empresa: ao manter uma base de dados dos cash-flows originados pelo pagamento/recebimento de impostos, as empresas podem tomar decisões mais informadas para o seu planeamento financeiro e adotar estratégias de financiamento mais adequadas. Por exemplo, reembolsos de IVA (quando aplicável) poderem ter aplicação para financiamento de atividade operacional da empresa e reduzir necessidade de financiamento;

 

Sem dúvida que as empresas devem avaliar em que medida investir na melhoria do processo de compliance fiscal poderá permitir que o mesmo possa deixar de ser uma função meramente obrigatória e de cumprimento, para que se torne numa função de elevado valor acrescentado e com um elevado potencial estratégico face à vantagem competitiva que pode trazer como ferramenta de apoio à gestão da empresa.